Testemunho Vocacional: Irmã M. Agnes

Testemunho Vocacional: Irmã M. Agnes

Mês de agosto lembramos as vocações. E neste ano a Igreja do Brasil proclamou a primeira Semana Nacional da Vida Consagrada que se realiza entre os dias 16 e 22 de agosto de 2020.

Vocação um chamado de amor.

Quando existe um chamado é necessário uma resposta para que a tarefa seja realizada. É Deus quem chama e cada ser humano recebe uma missão no mundo.

Na Igreja encontramos: a vocação sacerdotal, religiosa, matrimônio ou laical. Consagrar-se a Deus na vida religiosa e consagrada é, antes de tudo, viver o céu na terra, é deixar tudo e estar disposta a ser sinal da presença de Deus para o outro, amando e servindo o próximo.

Às vezes a sociedade interpreta que se consagrar é abandonar a família natural, não se trata de abandono mas deixamos a nossa família para seguir outro caminho fazendo parte de uma nova família espiritual.

Como Irmãs de Maria de Schoenstatt nos consagramos para servir a Igreja, para o tempo de hoje e nossa grande missão “Ser uma viva presença de Maria no mundo.” Como foi para mim o chamado de Deus?

Minha família é católica, descendência italiana, natural do interior de São Paulo. Somos em seis filhos. Quando éramos ainda pequenos minha família mudou-se para oeste do Paraná e desde criança desejei me consagrar a Deus na vida religiosa.

Meus pais e irmãos sempre me apoiaram nesta minha decisão. No início de meus anos de jovem conheci o Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt do Colégio Mãe de Deus em Londrina/PR, através da visita de duas Irmãs em minha casa. Assim que, em um breve tempo, eu estava já em viagem para meus estudos no referido Colégio.

Após quatro anos segui para Atibaia para dar início ao Postulado, o tempo em preparação para o Noviciado. Para mim foi um tempo belo de estudos e descobertas da riqueza espiritual e pedagogia que nosso Fundador, Padre José Kentenich, nos deixou.

O que sempre me encantou foi a atmosfera de pureza que nosso Instituto de Irmãs nos proporciona, um lar que encontramos no Santuário e em nosso convívio fraterno, uma Família.

“A importância das Irmãs de Maria para a nossa cultura consiste, antes de tudo, em representar o verdadeiro, o genuíno tipo de uma mulher moderna” (Pe. José Kentenich).

Em minha vida de 44 anos de consagrada posso afirmar com gratidão que sou uma pessoa realizada e feliz. Sob a proteção da querida Mãe de Deus, não tive nenhum segundo de dúvida em minha vocação. “Neste sentido, convém recordar que a caminhada vocacional tem sua origem na experiência de saber-se amado por Deus: a própria vida já é fruto de uma chamada de Deus; nos chamou à vida porque nos ama e tudo predispôs para que cada um de nós fosse único, acompanhando-nos ao longo das estradas” (Carta do Papa Francisco carta aos consagrados e consagradas do Brasil, agosto de 2020).

Um incentivo para as jovens neste tempo. Se Deus te chama não tenhas receio, dê o teu sim, te entrega a Ele na sublime vocação de se consagrar a serviço do Reino.

Jovem, “é a Jesus que buscais, quando sonhais com a felicidade, é Ele quem vos espera, quando não vos satisfazeis com nada que encontrais… A felicidade que procuram, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré! Alguém que não engana e não pode enganar e por isso é capaz de oferecer uma certeza tão firme que permite viver por ela e, nesse caso, também morrer por ela […]. Deus procura corações jovens, busca jovens de coração grande, capazes de fazer espaço em sua vida para ser protagonistas da Nova Aliança” (Papa Bento XVI aos 2.9.07 em Loreto, Itália).

Neste tempo de Pandemia é na vida de oração que perseveramos em nossa vocação e rezamos por aqueles que necessitam para o fortalecimento da fé. E na evangelização nossa missão continua através da Mídia. Reuniões online, orações em grupo.

Também o cuidado de nossos centros, na manutenção do Santuário e do jardim para que se torne sempre mais um lugar belo onde é bom estar…

Por: Ir. M. Agnes

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