Sim, Pai, tua vontade sempre seja feita

Sim, Pai, tua vontade sempre seja feita

“SIM, PAI, TUA VONTADE SEMPRE SEJA FEITA, QUER ISSO ME TRAGA ALEGRIA, QUER ME TRAGA DOR E SOFRIMENTO.”

A vinculação a Deus Pai é o grande segredo de sua vida. Por isso fala com tanto calor ao falar do Pai. As senhoras sabem o que Filipe diz a este respeito: “Mostra- nos o Pai!” (Jo 14,8). Facilmente podemos imaginar muito bem como tudo foi simples.

A mesma soberana tranquilidade Ele o demonstra também quando se trata do maior sofrimento de uma pessoa: da solidão interior. Toda a sua vida foi uma grande solidão. Aqueles que o rodeavam não o compre­enderam. Seus apóstolos não o compreenderam; nem mesmo sua Mãe o compreendeu. Não compreenderam o que tudo isso poderia significar. E, o que ainda é pior, a solidão mais horrível, Ele a experimentou no Jardim das Oliveiras e depois na cruz, no Gólgota. Até mesmo se sentiu separado de Deus e daí seu brado comovente: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” (Mc 15,34). Devemos levar isto muito a sério, não podemos considerar como um gesto de oratória. E, apesar disso, a soberana tranquilidade: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Vejam, de um lado, esta calma soberana, de outro, a profunda liberdade e, em ambos os casos, o motivo é este profundo estar entregue a Deus Pai.

Penso que Jesus é o grande exemplo para aquilo que tantas vezes dizemos em nossa linguagem: devemos ser o filho de um único e grande amor. O que significa – ser filho de um único grande amor? “Sim, Pai, tua vontade sempre seja feita, quer isso me traga alegria, quer me traga dor e sofrimento.” Se observarem mais uma vez a vida de Jesus, verão que Ele não só teve insucesso, mas todas as suas obras, ao menos do ponto de vista externo, fracassaram. (…) E, apesar disso, “Completei a obra que me confiaste” (Jo 17,4). Qual obra? A obra de sua total doação ao Pai, a obra de seus sofrimentos, de seu sacrifício. Jesus sabia que seu fracasso era um sucesso. Ele devia sofrer; devia, no fim de sua vida, ver somente ruínas. Sim, este era o meio para salvar o mundo. Assim, Jesus está diante de nós com uma grande liberdade interior e com uma tranquilidade soberana, porque está profundamente ancorado no Pai. (…). (Pe. José Kentenich, em: Retiro para as Irmãs de Maria de Schoenstatt 25 a 27 de agosto de 1950 – Livro Cristo minha Vida, p. 23a 25)

Propósito do dia: Quero lembrar os mandamentos da Lei de Deus e dispor-me a cumpri-los com amor.