Força Divina

Força Divina
31-05-1949

 

” A Santíssima virgem presenteou-nos uns aos outros. Queremos permanecer reciprocamente fiéis ao outro, com o outro, para o outro, no coração de Deus. (…) Eu não quero ser apenas um sinal no percurso. Não! Vamos um com o outro. E isso por toda a eternidade. (…) e então, permanecendo um no outro e com o outro, contemplaremos a nossa querida Mãe e a Santíssima Trindade.”

 

A Epístola Perlonga

Padre Kentenich, após deixar o Campo de Concentração, queria expandir a Obra de Schoenstatt para além da Diocese de Treves. A bênção da Igreja era necessária para que esta missão se realizasse. Um debate eclesial surge sobre as “idéias especiais” de Schoenstatt, tais como:  vinculação local, Aliança de Amor, Capital de Graças e fé na missão de Schoenstatt. O Bispado de Treves levaria estas “questões” à Roma, e Padre Kentenich contra argumenta sem que aconteça uma concordância  de pensamentos. Passam-se anos em debate, até que em fevereiro de 1949, o Bispo de Treves decide realizar uma Visitação Canônica à Obra. O resultado foi favorável à Schoenstatt, mas incluía algumas objeções e reservas, e em abril de 1949, padre Kentenich recebe o relatório escrito que o convidava a tomar conhecimento e posição a respeito. Ele atendeu ao convite do bispo, e começou a escrever uma resposta em Nueva Helvecia, Uruguai. Era um Tratado, a Epístola Per Longa, que envolvia toda a problemática do pensar mecanicista, ponto obscuro que necessitava de atenção e solução, pois para o nosso Pai e Fundador, este era “o Bacilo” do homem e da sociedade ocidental. Parte deste Tratado foi escrito também no Brasil, em Santa Maria e Londrina. Como sabia do potencial “destruidor”  que este tratado poderia acarretar à Obra, antes de enviá-lo ao Bispo de Treves, coloca-o  sobre o altar de Bellavista, Chile. Este ato de confiança e entrega, que aconteceu em 31 de maio de 1949, representa a força divina que brota da Aliança de Amor.

O relatório de abril, interpretava também que a Família de Schoenstatt possuía uma dependência do Fundador fora do limite razoável, e trazia como solução o seu afastamento. Então, em 1951, uma visitação de Roma, sugere que o Nosso Pai e Fundador afaste-se “espontaneamente” da Obra, sendo que se o afastamento tivesse que ser decretado, isto impossibilitaria uma futura reintegração à Obra.

Padre Kentenich não se separou espontaneamente da Obra, mas foi separado por Roma, que por decreto designa  a Casa dos Palotinos em Milwaukee, nos Estados Unidos,  como sua moradia. Assim começa seu exílio, em 20 de junho de 1952.

 

 

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