Podemos estudar o ser interior de Jesus sob três pontos de vista:
Jesus está diante de nós com grande, soberana liberdade, liberdade em relação a qualquer criatura. Ele goza de liberdade diante das necessidades próprias da natureza humana e, entre estas, a sua terra, as pessoas e toda a criação que podemos captar pelos sentidos e faculdades espirituais. Verifiquem como no coração de Jesus, em certo sentido, reina uma tensão sadia.
Pensemos, por exemplo, em sua terra. Quando mais tarde Jesus afirma de modo muito tocante: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8,20), o que aqui transparece? Um reconhecimento sincero de suas necessidades naturais. Assim foi durante os três anos em que Ele percorria continuamente a Palestina. Era o grito em busca de um lugar onde se pudesse deter. Assim o vemos com uma forte e sadia vinculação à sua terra, com uma forte, sadia sensibilidade humana. Assim vemos Jesus diante de nós como o ideal de uma natureza humana sadia, com necessidades humanas sadias. (Pe. José Kentenich, em: Retiro para as Irmãs de Maria de Schoenstatt 25 a 27 de agosto de 1950 – Livro Cristo minha Vida, p.20)
Propósito do dia: Quero hoje repetir, muitas vezes: “Senhor, a quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)