Santos Apóstolos Pedro e Paulo: Fundamentos da Igreja!

Santos Apóstolos Pedro e Paulo: Fundamentos da Igreja!

Celebramos com  toda a Igreja a festa de São Pedro e São Paulo as colunas, fundamentos da Igreja e que em nossos Santuários de Schoenstatt recebem um lugar de destaque junto ao trono de nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável.

O Pe. José Kentenich, nosso Fundador,  em 29 de junho de 1927, a partir de uma pergunta nos faz refletir sobre a importância desta festa.

“Que nos diz a festa de hoje? Pedro e Paulo são os fundadores da primeira comunidade apostólica. São os fundamentos da primeira aliança apostólica. Aqui vemos realizada a grande lei fundamental do reino de Deus. Deus tem planos grandes, cheios, de misericórdia e de graça, mas não os poderá realizar, se não houver homens que digam um Sim de todo o coração. Quando Deus principiou a salvação, Ele tornou este começo dependente do Sim da querida Mãe de Deus. Fiat mihi secundum verbum tuum! Só depois de ter sido pronunciado esse alegre Sim, continua: Et verbum caro factum est! Deus se tornou homem!

O mesmo vale da Igreja. Jesus quer enviar os Apóstolos, para darem testemunho. Devem sofrer por Ele, sangrar e dessangrar por Ele. Porém, Ele não os envia como instrumentos sem vontade – não, primeiro quer o seu sim. Somente quando ou Apóstolos disseram o seu sim, Jesus os enviou. Ide ao mundo inteiro, ensinai todos os povos e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Sabemos que os doze – naturalmente, com exceção de Judas, mas em seu lugar entrou outro, não só viveram por Jesus, mas também encontraram seu supremo ideal, sua máxima semelhança com o Deus-homem, o ato de poderem derramar seu sangue por Jesus, pela primeira aliança apostólica.

Assim entenderam sua tarefa os fundadores, os fundamentos da primeira aliança apostólica. E nós? Podemos comparar-nos aos primeiros Apóstolos? Sem dúvida, podemos fazê-lo na medida em que estamos convictos (as) da grandeza da missão que temos de realizar. Pode ser que nos sintamos fracos. Os Apóstolos também não o eram? Contemplemos os fundamentos, as pilastras angulares da primeira aliança apostólica. Hoje nos são apresentados. Quanta semelhança entre nós e os Apóstolos! Semelhança na vocação. Respondamos a nós mesmos a pergunta: Como eu fui chamado (a), e como o foram os Apóstolos?

[…] É verdade, eles se tornaram as pedras angulares da Igreja, mas foram os que mais faltaram, pois deles sabemos com certeza como ofenderam a Jesus…  Um negou pública e solenemente a Jesus, e outro o perseguiu publicamente. Os dois pecaram gravemente e, apesar disso, foram chamados e cumpriram sua tarefa.

Ambos puderam derramar o seu sangue por Jesus. Nos também o poderemos? Poderemos aspirar a isso? Distinguimos o martírio cruento e o incruento. Não sabemos se o martírio cruento será nossa partilha. Conforme as circunstâncias de agora, podemos dizer que não o podemos esperar. Mas o martírio incruento, sim. Este nós podemos, não, nós o devemos esperar e implorar. Que entendo por martírio incruento? É a grande compenetração, o ser compenetrado de nossa imensa tarefa e o sacrifício constante de nosso melhor Eu e de toda a nossa personalidade por nossa tarefa […]”

Que a festa de hoje nos conduza a renovar o nosso sim a missão que Deus nos chamou e confiou em Schoenstatt, a exemplo dos apóstolos São Pedro e São Paulo, estar a serviço da Igreja.

Por Ir. M. Gislaine Lourenço