Quero estar na “Força Divina”

Quero estar na “Força Divina”

Terceiro Marco: “Estar na força Divina”

O histórico do 3º marco de Schoenstattt, 31 de maio de 1949, “é denominado pelo Fundador, Pe. José Kentenich como, o estar na força divina. A decisão ousada que  ele tomou neste marco, teve como resultado um exílio de 14 anos.

Por isso, antes de enviar a primeira parte do tratado ao Bispo de Treves, no dia 31.05.1949 colocou-a sobre o altar do Santuário de Bellavista, Chile. Com este gesto, cheio de confiança, entregou nas mãos da Mãe de Deus toda a questão. Manteve- se confiante na força divina que brota da Aliança de Amor.”

Pe. Kentenich nos afirma: “Quem tem uma missão deve cumpri-la, mesmo que tenha que descer aos mais negros e profundos abismos, mesmo que se exija salto mortal após salto mortal. Missão de profeta inclui em si sorte de profeta.”. Continua:

“Quem tem uma missão extraordinária deve também suportar provas extraordinárias. O mundo e a Igreja têm o direito de exigi-las, de impô-las. Sejam quais forem os meios de que se servem, não nos devem causar indignação, mesmo que nos sejam tirados a honra, os direitos, a pátria. Eles precisam da prova da autenticidade e da divindade de tal missão.” 31.05.1949

A MISSÃO DO 31 DE MAIO DE 1949

Quando nosso Pai e Fundador coloca a Carta Resposta sobre o altar do Santuário de Bellavista, um pequeno grupo de Irmãs o acompanha e nessa ocasião ele pronuncia uma palestra. Ele assinala o pensar mecanicista como um muro que deve ser derrubado, a fim de que Maria possa cumprir sua missão no tempo atual. É “o bacilo” que ele constata que vai penetrando no coração do homem e lhe confere uma mentalidade mecanicista ou separatista, isto é, a um pensar, amar e viver mecanicista.

PENSAR MECANICISTA separa onde há união, divide e opõe onde há diferenças e polaridades destinadas a complementação mútua. Não é capaz de unir Deus e a criatura; natureza e graça; autoridade e obediência; pessoa e comunidade, fé e vida; etc. Por exemplo: um pensar mecanicista não é capaz de, numa situação difícil, ver a mão de Deus que educa, forma, purifica.

AMAR MECANICISTA consiste em um modo enfermo de relacionar-se com as pessoas. Não é capaz de estabelecer vínculos pessoais estáveis. Surge o homem desvinculado. Por isso, o homem mecanicista cai ou no individualismo ou na massificação. Desconhece o que significa o estar um no outro, com e para o outro, próprio do verdadeiro amor. Ou seja, não conhece o que significa a comunhão de corações.

VIVER MECANICISTA é consequência do pensar e amar mecanicistas e, por outro lado, reforça a ambos. A busca da felicidade: amar e ser amado, justiça e verdade são exigências de todo coração, mas a banalização da vida se tornou geral, este pensar mecanicista inverte valores, trabalha-se não para ser feliz, mas para gerar lucro. O poder econômico acima de tudo gera CONSUMISMO, MATERIALISMO, criando a ilusão de que o ter muito é igual ao ser feliz.

A contrapartida da mentalidade mecanicista é o pensar, amar e viver orgânicos.

REMÉDIO: PENSAR ORGÂNICO

O amor instintivo, natural e sobrenatural estão em harmonia. Se amamos Maria, nela se ama a Cristo; se amamos ao irmão, nele se ama a Deus. Ao mesmo tempo, se amamos a Deus, este amor, necessariamente se traduz em amor aos homens. Vemos a realidade como um todo, ao contrário seria um pensar de “gavetas”. (textos retirados do Subsídio 4. Ao novo tempo envia-nos, p. 43 a 57)

O III marco histórico nos ensina que “a Aliança de Amor pode ajudar a construir uma cultura do encontro, do pensar, amar e viver orgânicos. É necessário um coração aberto para esta graça, o querer aceitar a Mãe de Deus como Educadora, o deixar-se educar por ela.”

Por Ir.M.Gislaine Lourenço