Na Ceia do Senhor: Seremos humildes assim que seguirmos o exemplo do Ressuscitado

Na Ceia do Senhor: Seremos humildes assim que seguirmos o exemplo do Ressuscitado

Após dois anos que nos afastou de toda a liturgia e do coração da Mãe de Deus, pudemos vivenciar mais uma Semana Santa, a Semana Maior e, após a procissão do encontro na quarta-feira, pudemos entrar na quinta-feira santa, na liturgia dos lava-pés com muitos ensinamentos em nosso Santuário.

Neste ano, tivemos a presença do Pe. Antônio Sebastião Bastos, que tem suas atividades vinculadas à cúria diocesana e que pode nos levar em suas palavras a estar na Ceia do Senhor. As Irmãs Gislaine e Carmem prepararam a Ceia do Senhor em frente ao altar para que assim pudéssemos fazer parte presencial deste momento.

Após a proclamação da palavra, Pe. Antônio nos relembra da pureza e da inocência que temos que assumir: Não é uma pureza infantilizada, mas a pureza infantil, que ama, que confia e que se coloca abandonado nas mãos de Jesus.

Uma Ceia recheada de vitórias

Ainda em suas palavras, Pe. Antônio explica que Jesus convida João e Pedro a prepararem a Santa Ceia, conforme a tradição. Pede também que separem a água e a jarra. Porém Jesus, o Cordeiro de Deus, sela a nova e eterna aliança e parte o pão, toma do cálice e nos credita que nunca estaremos sozinhos.

Contudo, antes de toda a instituição da Eucaristia, Pe. Antônio relembra da amizade de Jesus por nós, que “se entregou na cruz por nós” e que renova seu amor através deste ato e, para mostrar que para que tudo tenha sentido, Jesus ensina-nos a sermos humildes: enquanto os discípulos discutiam quem era o melhor, Jesus despe-se de suas túnicas, cinge a cintura e lava os pés de cada discípulo, para mostrar que o Todo Poderoso se rebaixa para servir, para amar e para se humilhar ao humano, convidando-os para tal tarefa, buscar a santidade.

E assim, com a última ceia estruturada em frente ao altar, Pe. Antônio convida algumas pessoas a fazerem parte daquele local. Mas não eram somente participantes da assembleia, fiéis à Mãe de Deus. Cada um ali tinha uma razão, um significado: Além dos profissionais da saúde e segurança, como médicos, policiais, farmacêuticos e enfermeiros, havia idosos, jovens, funcionários do Santuário, famílias que venceram a COVID e pessoas que tiveram familiares ceifados por este mal. Desta forma, foi colocada toda a nossa sociedade e, com muito zelo, Pe. Antônio e os ministros extraordinários da Sagrada Eucaristia lavaram os pés dos discípulos. Da mesma forma, outros ministros se dirigiram à assembleia para repetir o ato e humildemente seguir o exemplo de Jesus.

Seguimos o Cristo no calvário

Após este momento de agradecimento e entrega de todos estes profissionais e pessoas, em seguida da distribuição da comunhão, os ministros desnudaram o altar e Pe. Antônio transladou, junto com toda a assembleia, Jesus Eucarístico até o Santuário, onde Ele foi depositado e todos ali puderam ter seu momento de vigília e presença com Cristo.

Nesta noite da instituição da Eucaristia, após todas as organizações e com a manutenção do silêncio, os ministros extraordinários da Sagrada Eucaristia fizeram a primeira hora de vigília com Jesus, renovando assim os seus votos de levar a Cristo a tantas pessoas. Como instrumentos aptos nas mãos de Jesus, cada um entrega seus braços e pernas para que a cultura do encontro de Jesus com nossos irmãos necessitados de cura, libertação ou um remédio para alma possam recebê-Lo.

E nossa missa não se finda, tendo continuidade com a Paixão de Cristo e a Adoração da Cruz. Momento de relembrar o maior ato de amor que alguém possa fazer pelo outro. “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão…”.

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Por: Fernando Castilho Valderrama