Festividade de São José e Onomástico do Pe. José Kentenich

Festividade de São José e Onomástico do Pe. José Kentenich

No espírito da Aliança de Amor, celebramos como Igreja a festa do glorioso São José e como Família de Schoenstatt, comemoramos também o Onomástico nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, prestando-lhe nossa homenagem.

O nome José, em hebraico, significa: “Deus cumula de bens” e, sem dúvida, este conhecido carpinteiro de Nazaré, foi acumulado de bens ao não recusar sua missão de esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ao despertar, José fez o que o Anjo do Senhor lhe prescrevera: acolheu em sua casa a sua esposa”. (Mt 1,24)

Nos depoimentos para seu processo de canonização […] a mais bela palavra, que todos os que tiveram oportunidade de conviver mais próximos a ele dizem, é: Pe. Kentenich foi um Pai.

Primeira virtude: A Fé de São José

A fé é uma virtude sobrenatural que nos inclina a crer em tudo o que Deus tem revelado e a Igreja nos propõe. É a virtude sobre a qual se apoiam todas as demais virtudes, pois sem ela não participamos da vida da graça. São José creu com uma fé tão viva que somente a Santíssima Virgem pode superá-lo. Toda sua vida foi verdadeiramente uma vida de fé, um ato continuo de fé.

Ao ter notícia da morte do Pe. Kentenich, disse o Sr. Arcebispo de Concepción (Chile), D. Manuel Sánchez: “Morreu um santo…, um homem que vivia da fé na força divina…, um homem que conheceu também prisão, tortura, fome. Conheceu também o exílio, a solidão…Sim podemos dizer: morreu um santo…

Segunda virtude: Fervor de São José

O fervor é a prontidão da vontade no serviço de Deus. São José, servo bom e fiel, sempre viveu e trabalhou por fazer com perfeição e diligencia a vontade de Deus, ainda que lhe ocasionasse grandes sacrifícios. Os que amam como São José estão dispostos a sacrificar tudo quanto o Senhor lhes peça.

No dia 31 de maio de 1949, em Chile, disse: “Quem tem uma missão a cumprir, deve cumpri-la, mesmo que tenha de passar pelos mais profundos e escuros abismos; embora um salto mortal siga ao outro.”

Terceira virtude: Amor de São José ao próximo

O amor com que amamos a Deus e o amor com que amamos ao próximo é um só amor: são duas ramas de uma mesma raiz porque se ao próximo não lhe amamos por Deus e com Deus não lhe amamos com amor verdadeiro. O amor de São José a Deus é o maior que se pode encontrar depois da Virgem Maria; seu amor ao próximo, portanto, é também o maior depois do da Rainha do Céu.

Certa vez, Pe. Kentenich dedicou muito tempo a um sacerdote, em conversa pessoal. Tomado de gratidão, ao despedir-se, perguntou-lhe o sacerdote: “Senhor Padre, o senhor tem algum desejo por cuja realização possa eu rezar? Pe. Kentenich respondeu: Reze para que eu possa aceitar em meu coração milhões de pessoas!”

Quarta virtude: Prudência de São José

A prudência é a virtude que dirige todas as coisas a bom fim. Nenhuma virtude faz sem que ela lhe ordene o modo e o tempo em que deve fazê-lo. A prudência serviu de guia a São José para levar a cabo feliz a missão do Senhor de ser custódio de Jesus e esposo de Maria, a pesar dos grandes trabalhos e contradições que achou em seu caminho.

Em Milwauke, morava uma jovem alemã que, levianamente, acumulara muitas dívidas nesse país estranho. Quando não sabia mais o que fazer, naquela situação em que se encontrava, dirigiu-se ao Pe. Kentenich. Junto dele pode vivenciar, de maneira singular, o seu conselho paternal, como também sua ajuda e cuidado por ela.

Quinta virtude: Fortaleza de São José

A fortaleza é uma firmeza de ânimo, uma presença de espírito, contra todos os males e contrariedades. A vida de São José, depois da de Jesus e Maria, foi a que maiores contradições experimentou; devia ser também um homem forte. Belém, Nazaré, Egito, demonstraram o heroísmo da fortaleza do Santo, que sofreu com constância todos as dores e trabalhos de sua vida.

Numa conferência, Pe. Kentenich contou um pequeno fato: crianças na escola deviam fazer uma redação, interpretando o provérbio: “Não há rosa sem espinho!” Mas uma menina, por engano […] escreveu: “Não há espinho sem rosa!” Pe. Kentenich explicou através desse exemplo o sentido sofrimento: Deus faz, conduz e permite tudo por amor…

Sexta virtude: Pureza de São José

São José foi custódio de Cristo Jesus, e verdadeiro esposo da mais pura criatura, Maria Mãe de Deus. São José apareceu aos olhos de Deus adornado com tanta pureza que o Senhor lhe confiou seus maiores tesouros. Com este exemplo sublime de pureza não nos animaremos a sermos puros em pensamentos, palavras e obras? Como criança, Pe. Kentenich formulou a pequena oração que passou a rezá-la diariamente: Ave Maria, por tua pureza, conserva puro meu corpo e minha alma. Abre-me largamente o teu coração e ao coração de teu Filho…

Sétima virtude: Pobreza de São José

Bem-aventurados são os pobres de Cristo, que vivem desprendidos dos bens deste mundo e dão a seus irmãos ainda que lhes falte. São José tinha ante si o exemplo de Maria e o exemplo de Jesus, filho de Deus, que para pregar o desprendimento e o amor a pobreza se fez pobre, tendo por abrigo uma manjedoura em seu nascimento. Viveu pobre São José e deu de sua pobreza aos mais necessitados.

Em Dachau, repetidas vezes, Pe. Kentenich deu todo o seu “almoço” – que consistia numa sopinha de água com duas ou três batatinhas – ao seu companheiro, Pe. Eise. Diante de tais atos de amor ao próximo, nem o Cabo comunista podia fechar-se.

Oitava virtude: Paciência de São José

É esta uma virtude que nos faz sublevar com alegria e paz todos os males da vida por amor de Deus. É necessária a paciência para alcançar o céu; e não há virtude de mais frequente exercício desde que existe o pecado. A vida de São José teve muitas penas, mas ele padeceu com paz, com alegria e completamente resignado a vontade de Deus.

Pe. Kentenich sempre estimulava às pessoas a magnanimidade como suas palavras e exemplos: “Vá à capelinha e, diante da imagem da Mãe de Deus, pergunte-lhe o que Ela aconselha… Mas perscrute bem! Então, eu aprovarei inteiramente a sua decisão…”

Nona virtude: Conformidade de São José com a vontade de Deus

Todos temos absoluta necessidade desta santa virtude, pois com ela nossa vida se faz um céu e sem ela se torna um inferno. São José, modelo acabado de todas as virtudes, o é especialmente de conformidade com a vontade de Deus. Toda sua vida foi cheia de alegrias e de penas, é escolhido por Deus Pai para que fizesse suas vezes na Sagrada família, cuidando de Jesus e de Maria, praticou constantemente esta virtude.

Como eram os conselhos do Pe. Kentenich?: “Se quiser ouvir de mim uma palavra, aconselho, então, que seja generoso em relação a Deus, fazendo o que lhe causa alegria…”

“À gratidão, unamos um cordial pedido: que São José que também é nosso pai de família conduza o cetro assim como fez na pequena família sagrada […]” Rezemos juntas a oração.

Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos encontramos.
Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó São José, em vós depositamos toda a nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa das famílias, sede o pai e protetor da nossa família e concedei-nos a graça de vivermos e morrermos no amor a Jesus e Maria.
São José, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.

Somos imensamente gratos pela espiritualidade que brotou de seu coração e que fez jorrar uma torrente de graças a partir do dia 18 de outubro de 1914.

Hoje Pe. Kentenich, nosso Pai e Fundador nos diz: “Deus chamou também a vós, meus queridos filhos de Schoenstatt, minhas queridas famílias schoenstateanas, para ajudar-me nesta grande missão. É um consolo saber que ela não repousa somente sobre os meus ombros.”

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Referências: As palavras sobre São José foram retiradas da “Novena a São José” e as palavras sobre o Pe. Kentenich do livro Padre Kentenich como nós o conhecemos.

Por: Ir. Gislaine Lourenço
Assessora do Santuário de Schoenstatt – Araraquara