Abertura das Atividades do Ano no Tabor da Morada da Alegria Vitoriosa

Abertura das Atividades do Ano no Tabor da Morada da Alegria Vitoriosa

A Família de Schoenstatt de Araraquara/SP iniciou as atividades do ano com muito entusiasmo e alegria no dia 12 de fevereiro de 2023, de modo especial por reunir a família e retomar às aberturas presenciais no Tabor, após os três últimos anos terem sido realizados apenas por transmissão via redes sociais em decorrência da pandemia.

Com a presença do Padre José Marcelo de Araujo, Capelão do Santuário, do Padre Filipe Araújo, Sacerdote do Instituto dos Padres de Schoenstatt e do Diácono Sérgio, Diácono Permanente, o domingo da abertura do ano teve início com a Santa Missa, possibilitando a vivência do Mistério de Cristo, conteúdo essencial da fé da Igreja.

As intenções da Santa Missa apresentam toda a família de Schoenstatt e, de modo especial, as Dioceses de Jaboticabal, Franca, Barretos, Ribeirão Preto, Montes Claros/MG e São Carlos que pertencem ao Santuário de Araraquara.

A liturgia do Tempo Comum enuncia as atitudes de Jesus, a organização de seu trabalho pastoral, da comunidade dos discípulos, a apresentação da missão e o compromisso com o reino, fazendo-nos perceber o sentido do Cristo que chama a participar de sua missão e compreendermos esse Mistério. O pai fundador Padre Kentenich, fez da missão de Jesus o grande ideal de sua vida, empenhando-se pela renovação   religiosa  e  moral   do   mundo   em   Cristo,  por  Maria, sendo  agraciado  com  uma profunda fé na Providência Divina.

O 6º. Domingo do Tempo Comum, no Livro do Eclesiástico, apresenta ao homem a liberdade da observância dos mandamentos e da confiança em Deus, deixando o homem responsável por receber aquilo que preferir. A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios fala da misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida, que desde a eternidade Deus destinou para nossa glória, revelando esse mistério através do Espírito. No Evangelho de Mateus Jesus explica como Ele vê todos os Preceitos de Deus e fundamenta os ensinamentos para levá-los à perfeição e não para cancelar o que todos conheciam, mostrando o verdadeiro sentido dos Mandamentos.

A MEDIDA DO AMOR DE DEUS…..

Padre Filipe Araújo em sua homilia nos leva a refletir a liturgia que, claramente, remete a lei do Senhor, a Lei de Moisés, que na época de Jesus era o modo como o povo de Israel vivia sua aliança com Deus e destaca que Jesus não veio para mudar a lei mas, apesar de muitas vezes ser incompreendido, deixa claro que veio para levá-la a pleno cumprimento. Enfatiza que Deus nos mede com uma medida diferente, uma medida maior que a nossa própria medida e, as vezes, incompreensíveis para os sábios deste mundo.

Padre Filipe destaca que a sabedoria de Deus é uma sabedoria diferente da nossa e também a medida de Deus é uma medida diferente da nossa e assim, nos exige um pouquinho mais e nos exige no amor, citando a frase de Santo Agostinho, exemplifica “Ame e faça o que você quiser! ” Esse amor é muito mais que um sentimento, é muito mais que o amor que podemos sentir pelos próprios filhos, pelos irmãos, pelos amigos, é um amor que exige, um amor que exige que eu dê espaço para o outro, um amor que exige que eu trate o outro como ele merece ser tratado, mesmo eu não querendo pois, se alguém me xingou, como posso tratá-lo com respeito?

Padre Filipe nos alerta que as vezes ainda observamos a outra lei, a lei do olho por olho, dente por dente. Relembrando estarmos reunidos para abertura do ano, coloca uma frase que o Padre Kentenich retirava de São Francisco de Sales: “o amor é a lei fundamental do mundo”, não foi assim que Jesus resumiu todos os mandamentos? Deus criou o mundo e tudo o que está até hoje, tudo é o amor, para o amor, através do amor e, quando nós seguimos esta lei, a aliança dom Deus fica mais fácil. O risco que nós corremos é achar que temos que fazer mil coisas para merecer o reino de Deus.

Padre Filipe então faz uma indagação, aproveitando a abertura do ano da família de Schoenstatt como anda o meu amor aqui no Santuário? No meu ramo? A Aliança de Amor, a nossa pertença a família de Schoenstatt é o nosso modo de viver a santidade, é o modo que nós escolhemos, é o modo que nossa Mãe nos escolheu. Será que estou em meu ramo vivendo a melhor forma possível de pertencer ao ele? Ou apenas participo e, ainda vivo minha vida como se nem fizesse parte dele? Falo do amor de Deus no meu ramo, participo da Eucaristia e, depois, na minha vida pessoal, tanto faz, tanto fez? Faço só o que quero fazer? No meu casamento olho só para mim, para minha própria felicidade e, não para o outro?

Padre Filipe então reforça, o amor é a lei fundamental do mundo, tudo feito por amor, para o amor, através do amor e é assim que nós vivemos a nossa vida na família de Schoenstatt e, que esse amor possa ser força de atração, que as pessoas possam vir ao Santuário e dizerem, olha só como funciona esse movimento e, ao verem o testemunho de vida aqui dentro, elas vão se interessar e vão permanecer e mais, não podemos ficar esperando apenas as pessoas atravessarem o portão do Santuário, precisamos sair, precisamos anunciar, precisamos levar para fora. O sermão da montanha de Jesus foi fruto de muito trabalho e estímulos, se reuniu com uma multidão de pessoas porque escutaram falar sobre Ele, os discípulos saíram anunciando. Nós, muitas vezes, ficamos nos muros de nosso Santuário e, como movimento apostólico, somos apóstolos de Schoenstatt, ou seja, a medida de Deus aqui também é um pouquinho maior afinal, somos um movimento de renovação, precisamos estar em constante renovação no nosso dia-a-dia, no nosso trabalho apostólico e, precisamos de novas formas de evangelizar, talvez as formas que utilizávamos no passado, hoje precisam ser renovadas. Neste contexto, São Paulo nos fala que a sabedoria de Deus é diferente da sabedoria dos homens e manifesta, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”.

Padre Filipe pergunta então, como podemos chegar a sabedoria de Deus vivendo essa lei? E revela esse caminho: Cultivar mais o amor fraternal dentro da nossa família, para darmos nosso testemunho afinal, ninguém quer ficar em um lugar cheio de tensão, nem tampouco em um lugar em que uns vão crucificando os outros, pelo contrário, gostamos de ficar em um lugar onde existe o respeito, vejamos o Hino da Minha Terra, lá no Rumo ao Céu, Padre Kentenich descreve como via a vida de nosso movimento, onde reina o amor, onde reina a alegria, etc.. Vivamos primeiro o Hino da Minha Terra, essa lei do amor, aqui entre nós, aproveite nesta abertura do ano para conversar com alguma pessoa que está aqui e você nunca conversou, aproveite para se conhecer, saber o que está acontecendo no outro ramo, as vezes não fazemos a menor ideia do que está acontecendo no outro ramo. Vamos viver em primeiro lugar esta lei, porque Deus prepara algo bom para aqueles que o amam. Uma Igreja em saída, um movimento de Schoenstatt em saída só é possível acontecer plenamente quando está em união com o Espírito Santo, por isso não deixe de pedir ao longo deste ano para que o Espírito Santo possa abrir as portas, trazer e lapidar as ideias e iniciativas que possam trazer mais pessoas, eventos, etc., o Espírito vai soprando.

Padre Filipe finaliza com um convite, testemunhem aqui dentro, testemunhem esse amor aqui dentro, o amor mútuo, o amor fraternal no movimento e abri as portas do coração para o Espírito Santo soprar, para ele mostrar o que a sabedoria de Deus tem reservado para gente mas, porque as vezes parece tão óbvio ou tão mirabolante que a gente nem olha e fica só repetindo as mesmas coisas, abramos as portas do coração do outro, abramos as portas do coração do Espirito e que nossa Mãe continue guiando a vida do nosso movimento aqui e nas Dioceses que fazem parte deste Santuário.

INTEGRAÇÃO, DESCONTRAÇÃO E MUITA ALEGRIA….

Após a Santa Missa todos são convidados para o café e, o pequeno intervalo contribui para que a interação sugerida pelo Padre Filipe em sua homilia aconteça.

A família então retorna para uma acolhida, especialmente preparada pelas integrantes da Jufem que animam e colocam todo mundo para dançar, promovendo muita descontração.

FAMÍLIA TABOR, TRANSFIGURA HOJE A REALIDADE! 2023 ANO VOCACIONAL

A oração de abertura elaborada pela União de Famílias inclui a missão nacional da Família de Schoenstatt e, as palavras do Fundador são colocadas nas mãos e no coração de cada filho e membro de Schoenstatt presente, como preciosa herança e missão: “A Mãe de Deus vos trouxe para cá. Ela quer ser fiel a nós. Lede o Documento de Fundação. Que nos diz a Mãe de Deus aí? “Não vos preocupeis com o cumprimento de vossos desejos. Ego diligentes me diligo. Eu amo a quem me ama” Estou convencido de que tudo o que se fez aqui é uma concretização desta palavra. A Mãe de Deus foi fiel.

A oração também apresenta requisitos se realmente quisermos ser Tabor, o sinal característico deve ser de incansável alegria, minha alma deve estar constantemente mergulhada em alegrias espirituais. Não só fazer um rosto alegre para fora, não! Estar alegre interiormente, cultivar as alegrias, isto é, alegria interior, atitude de alegria em todas as situações.

Também destaca que os fiéis leigos são chamados por Deus para que, exercendo o seu próprio ofício, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais, pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. O “mundo” é o ambiente e o meio da vocação cristã dos fiéis leigos, pois também ele está destinado a dar glória a Deus Pai em Cristo.

Nosso pai e fundador nos relata que o cristianismo sempre é acompanhado de milagres e sinais. Quais são os milagres que nos acompanham? São as graças de transformação. A formação do homem novo… ‘Sim, eu conheço esta terra prodigiosa. É o prado do sol no brilho do Tabor. Nossa Província há de tornar-se o Tabor no qual resplandecem as glórias de Maria… ‘E reina entre seus filhos prediletos’. Nós somos os filhos prediletos da querida Mãe de Deus. No lar… no lar de nossas ideias… No lar também em nossos corações…. No lar… Eu gostaria de que nós estivéssemos no lar …em Schoenstatt. É o sentimento que reveste a palavra Tabor.

Que significa Tabor? Ele contém o brilho dos nossos ideais. Se nos decidirmos por nosso ideal Tabor, então deverá fluir dele toda a nossa força. No Tabor devem resplandecer as glórias da Mãe de Deus. Este deve ser o grande ideal: FAMÍLIA TABOR, TRANSFIGURA HOJE A REALIDADE! FAMÍLIA TABOR, TRANSFIGURA HOJE A REALIDADE PARA SERMOS O TABOR MORADA DA ALEGRIA VITORIOSA!

A NOSSA GRATIDÃO DEVE CHAMAR-SE FIDELIDADE

Em sua palestra Irmã M. Gislaine destaca o dia que o Senhor preparou para nós, a possibilidade de podermos nos reunir presencialmente como Família depois de três anos e a alegria da convivência familiar! Ao perguntar o que nos motivou estarmos aqui numa manhã de domingo, relembra os pontos de contato. “Temos um lar: o Santuário, temos uma Mãe: Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, temos um Pai que nos guia, que nos presenteou seu carisma e missão: Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, temos uma missão: Aliança de Amor” e, como Família do Brasil Tabor, temos um ideal que nos une, nos inflama, nos impulsiona: o nosso ideal nacional – o ideal Tabor – que nos faz olhar mais para Cristo, buscar mais a Cristo, experimentar mais a Cristo, pois falar do Tabor, é falar de Cristo, Ele é o Cristo Tabor. E nós, quem somos? Somos a Família chamada a assegurar um vínculo pessoal especial a Jesus para todo o nosso Movimento internacional, a Família chamada – na Aliança de Amor – a cultivar uma relação especial com Cristo, da qual toda a Obra de Schoenstatt no mundo pode se beneficiar.

Temos, portanto, não apenas motivos para estarmos aqui, como também muito a agradecer, seja pela melhora da situação de pandemia que enfrentamos nos últimos anos e que marcou e mudou tantas realidades, por sermos Família e por isso, o nosso empenho em preparar este momento, sair de nossos lares, acordar cedo e reunir-nos, também pelo carisma que nos foi confiado e ao mesmo tempo, conscientes dos inúmeros desafios que enfrentamos. “Se no ser e na vida nos assemelharmos a Cristo, podemos estender as mãos uns aos outros; a santidade de um favorece a todos os outros através do sangue do Senhor”. (Rumo ao céu, 489).

Irmã Gislaine relembra que em abril do ano passado celebramos os 75 anos do nosso ideal Tabor e não só comemoramos e recordamos o presente recebido, mas nos fortalecemos na nossa identidade como Família de Schoenstatt do Brasil e a celebração foi também um passo adiante em nossa unidade nacional como Movimento neste momento específico da história. Cada Liga e comunidade dentro da sua riqueza configura de maneira diferente o ideal Tabor e é isto que consiste a nossa riqueza do ideal Tabor. O sol do Tabor brilha em cada liga, em cada comunidade. Todos juntos refletem o Tabor – “O Brasil inteiro um dia será um Tabor das magnificências de Maria!” e nosso Pai e Fundador continua  “Nos decidimos pelo Ideal Tabor: A Mãe de Deus quer revelar aqui suas glórias. Sua glória consiste em fazer com que Cristo possa subir novamente ao trono” (Pe. Kentenich, 21.4.1947)

Irmã Gislaine destaca que com o jubileu do ideal Tabor, a Providencia nos presenteou também um chamado a continuar cultivando permanentemente e em diálogo com o tempo atual o nosso ideal nacional como Família, a continuar encontrando formas de expressão, acolhida de novas iniciativas relacionadas ao ideal Tabor, atualização deste ideal para a vida de hoje. Criar uma “cultura do Tabor”, uma série de pontos concretos da vida que nos identificam, marcam e ajudam a crescer na santidade. Como criar esta cultura do Tabor?

Irmã Gislaine exemplifica: A Lâmpada da missão e cruz da unidade, são simbolos que expressam o Tabor; o Livro do Rumo ao céu: Rumo ao céu 194, a Atitude: alegria, entusiasmo, convicção, fidelidade ao ideal, consciência de tendas vivas – “Aqui é bom estar”; o Lema: “Família Tabor, transfigura hoje a realidade”; as Formas: Dia 18: lâmpada da missão e cruz da unidade; refletir textos nas formações; ter um hino oficial do Tabor; os 4 elementos do ideal Tabor; Aliança de Amor com Cristo; Schoenstatt em saída: anunciar o carisma; Santuário como nosso Tabor; uso dos meios ascéticos para formar o homem-Tabor.

Neste sentido demos um passo em nossa Cultura do Tabor, estimulados por essa corrente de vida e pela ação do Espírito Santo cada regional de nosso Brasil descobriu o seu nome: Regional Missionis – Uma Região da Missão, em Missão e para a Missão! Regional Sol do Tabor – Irradiar essa luz e calor de Cristo em nossas vidas. O sol também é símbolo de alegria, esperança e acolhimento do povo do Norte e Nordeste do Brasil. Regional Tabor – Porque na região sul foram lançadas muitas sementes para o Ideal e a Missão Tabor, concretizado no nome do primeiro Santuário de Schoenstatt do Brasil, o Santuário Tabor. Regional Coração Tabor – Somos o Coração porque, geograficamente, estamos no centro do Brasil. Atuamos como um poderoso motor econômico, político e cultural do país. Irradiamos a fé e Schoenstatt com nosso grande número de Santuários, lugares de peregrinação e meios de comunicação católicos. Mas acima de tudo, nossa gente é acolhedora! Somos uma terra de acolhida! o Brasil tem um Coração Tabor. Assim, só temos a agradecer – Nossa gratidão chama-se fidelidade!!!

UM OLHAR PARA O TEMPO…

Irmã M. Gislaine alerta quanto aos tempos turbulentos que vivemos: tempos de polarização política no Brasil e no exterior, tempos de ansiedade generalizada, de “sobre-informação e pouca formação”, de crise nos vínculos pessoais, etc. Nesse contexto de angústia das pessoas, recordamos as palavras do Papa Francisco: “A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia, não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vivem o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos. A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para  viver…” (Papa Francisco: “A alegria do Evangelho”, 52)

Irmã Gislaine completa, não gostaríamos de apontar, simplesmente, para o que encontramos ao nosso redor e sim, tentar encontrar no tempo (escutar as vozes de Deus no tempo) alguma mensagem, linha ou ajuda mesmo para enfrentar todas as dificuldades que encontramos seja em nossa vida pessoal, seja no Movimento, na Igreja ou na sociedade como um todo: O Deus da vida é um “Deus pedagogo”: esse é um título de Deus muito schoenstattiano! A esse nome corresponde uma concepção fundamental do ser humano como filho que se deixa educar pelo Pai, e de Deus como um pedagogo que educa o filho através da vida mesmo.

O ser humano não é como uma planta que cresce por si mesma, sozinha. Na alma do ser humano existem rachaduras, machucados, paralizações e grandes falhas em seu desenvolvimento que não se cicatrizam da mesma forma nem se regeneram ou se curam sozinhas. E mesmo diante das cruzes, problemas e dificuldades que causam angústias, ansiedades, mesmo nessas situações, não queremos deixar de pensar no amor de Deus Pai, em  verdadeira atitude de filhos entregues em suas mãos. Vejamos o que o Pe. José Kentenich nos diz neste sentido:  “Quando nos acontece algo desagradável, reparemos em nossa reação pessoal; pode ser uma reação de apatia e insensibilidade ou pode ser o seguinte questionamento: Qual foi a minha falta desta vez? No entanto, a pergunta deveria ser: Qual é o novo dom de amor que Deus está me entregando nesta situação?”( Conferência de 3 de setembro de 1949).

Percebemos que para o nosso Pai Fundador, a motivação pedagógica aparece antes que o motivo de castigo ou qualquer coisa por essa linha… O Pe. Kentenich acostumava dizer que são três os processos que formam/educam a alma de forma permanente: um grande arrependimento, um grande amor e uma grande dor. Um grande arrependimento pode atormentar-nos formalmente, mas educa a nossa alma intensamente, sempre que cultivemos a nossa relação pessoal com o Deus da vida e evitemos cair na amargura, na murmuração ou na indiferença. Também nos forma o amor quando ele traz junto um grande sofrimento, como costuma acontecer na nossa vida. Por exemplo, quando perdemos alguém querido, quando acontecem separações necessárias ou quando pessoas queridas têm que estar longe de nós por alguma razão, mudança de país.

É importante entender as angústias e sofrimentos como formadores da nossa alma, entendê-los cada vez mais assim. O sofrimento faz nos ir ao essencial, que deixemos de enganar-nos a nós  mesmos e as mentiras da vida que podem aparecer no nosso caminho ou que nós mesmos inventamos… Diante dos males que não podemos evitar, diante de um contexto de desafios que, algumas vezes, nos tiram a paz e a tranquilidade, queremos “aproveitá-los” para o nosso crescimento pessoal, para o aceleramento da nossa auto-educação, para chegar a sermos cada vez mais nós     mesmos, sermos pessoas de grande veracidade, autenticidade, fortaleza derivada das “pauladas da vida”. Como Maria aos pés da cruz, como vemos na cruz da unidade. Com os olhos fixos em       Cristo, ou seja, ser filho/filha do Tabor.

Somos chamados como FamíliaTemos uma missão que é atual, anunciar a Aliança de Amor! Maria, nossa Rainha de Schoenstatt é aquela que gera e forma Cristo em nós. Ela tem a missão de nos ajudar a configurar nossa vida, segundo a vida de seu Divino Filho. Podemos afirmar que na vida de nossos herois de Schoenstatt, quanto mais unidos à Maria, tanto mais mergulhados em Cristo. Portanto, pela vivência de Aliança de Amor tiveram a oportunidade de transformar o mundo ao seu redor. Pe. José Kentenich nosso fundador, nos afirma que decidir-se pela Aliança de Amor significa decidir-se novamente por Cristo: “Para nós, a Aliança de Amor com a Mãe de Deus – assim como ela surgiu historicamente e se concretizou – é uma profunda renovação, consolidação e garantia da Aliança batismal, isto é, da Aliança com Cristo e o Deus Trino. Cada consagração é expressão de uma nova Aliança, e esta significa, para nosso pensar e querer, uma nova decisão para Cristo, livremente tomada por sua pessoa, por seus interesses e seu Reino” (KENTENICH, Pe. José. O mistério da vida de Schoenstatt, II, pág. 57; ed. Alemã). Na força da Aliança de Amor transfiguramos a realidade hoje e Irmã Gislaine apresenta a nossa contribuição criativa como Família de Schoenstatt para Igreja, sociedade e mundo:

  1. A Igreja espera por nós, para transfigurar o Ano Vocacional. O tema “Vocação: Graça e Missão” se fundamenta na afirmação de que “a vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”, conforme o Documento Final de nº 78. O lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). “Seu sentido está em favorecer que cada pessoa acolha o chamado de Jesus como Graça, de maneira que mais corações ardam e que os pés se ponham a caminho, em saída missionária”.( https://www.cnbb.org.br/ano-vocacional-2023-conheca-o-site-as-redes-sociais-e-os-subsidios-preparatorios/).

No que podemos contribuir em nosso Santuário, como Movimento Schoenstatt para o Ano Vocacional concretamente?

  1. A Igreja espera por nós, para transfigurar o tema Juventude em todos os seus âmbitos – Um acontecimento mundial a JMJ em Portugal – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).

No que podemos contrubuir em nosso Santuário, como Movimento Schoenstatt para Juventude, JMJ concretamente?

  1. A sociedade espera por nós, para transfigurar a realidade da pobreza. Papa Francisco enfatiza: “A pobreza que mata é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos. É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias de saída”.(https://ssb.org.br/noticias/vi-dia-mundial-dos-pobres-2022/).

No que podemos contrubuir em nosso Santuário, como Movimento Schoenstatt para ajuda os mais pobre concretamente?

PELA FORÇA DO AMOR…

Irmã M. Gislaine conclui, motivando a Família de Schoenstatt: o amor de Cristo nos urge! Vivemos tempos de mudanças, de atualização – “aggiornamento” do nosso carisma, não tenhamos medo de provar novas formas, iniciativas e ideias para que o amor de Cristo e Maria cheguem a todos! Levemos juntos desta Abertura do Ano um novo impulso para cada um dos lugares onde Deus nos colocou, deixemo-nos complementar uns pelos outros e apostemos pela força do amor, afinal, é uma Aliança de Amor que nos fez estar aqui reunidos…

ÔNIBUS DAS VOCAÇÕES…. 

A Juventude de Schoenstatt responde prontamente as provocações e estímulo da palestra da Irmã M. Gislaine com uma dinâmica muito criativa vivenciada por integrantes do Jumas, da Jufem e um casal da Liga de Famílias, apresentando as diferentes vocações e as características dos diversos ramos da família de Schoenstat a cada pessoa que adentrava pela “porta automática” do ônibus, possibilitando assim conhecer e discernir sobre sua vocação.

Adoração ao Santíssimo e Envio com um Capital de Graças em forma de convite

Um momento de adoração especialmente preparado pela Liga das Mães e pela União Feminina aqueceu cada coração diante de Jesus Sacramentado e, para encerrar esse dia de abertura do ano, o envio apostólico acontece e, como enviados recebemos um convite, em forma de Capital de Graças, para entregar a parentes e amigos para visitarem o Santuário e estes, ao o fazerem, possam deixar o nome de sua família para oração em um painel, não apenas possibilitando conhecerem o Movimento de Schoenstatt, como experimentando as Graças de Romaria e selarem sua Aliança de Amor.

A certeza e convicção filial é expressa ao final do dia pela família presente:

“Ela é a Grande Missionária, Ela realizará milagres.

Por: Edson Mikus
Pastoral do Santuário Morada da Alegria Vitoriosa

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