“Como eu vos amei”, disse certa vez Jesus aos seus, “assim também deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34). Quem quiser conhecer, em seus detalhes, como Jesus nos amou, basta abrir a Sagrada Escritura, a carta de Deus a seus filhos. E logo se inclinará alegre diante do amor obsequioso, compassivo e heroico como Jesus manifestou através de palavras e de atos.
Seu amor foi obsequioso. Por isso é que Ele sabe também convidar, cheio de bondade: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sob o peso do fardo que eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Ele próprio se diz o Bom Pastor, que vai em busca da ovelhinha perdida, que não teme o calor do deserto e as brenhas cheias de espinhos para encontrá-la e levá-la de volta, nos ombros, para casa e além disso, que está disposto a dar sua vida por ela.
Como o seu amor é cordial e compassivo prova-o o fato de que Ele tem plena compreensão de todo o sofrimento corporal e espiritual. Ora entrega de volta à Mãe chorosa seu filho, ora cura a mão seca, aqui expulsa o demônio, lá dá de comer à multidão que o seguia há três dias. E quando alguém lhe apresenta uma adúltera, cheia de vergonha, Ele ainda vê, através da imundície do pecado e da dor pelo pecado, no fundo desta alma, uma centelha de aspiração pela pureza e bondade e – não a condena. Jesus passou pela vida espalhando o bem.
O amor magnânimo vai além: “Ele me amou e se entregou por miirT (Gal 2,20). “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo
. Se quisermos compreender um pouco o amor de Jesus, devemos deter-nos aqui. (…)
O santo do dia-a-dia fica arrebatado por todas essas provas do amor humano-divino e não se cansa de repetir com o Apóstolo São Paulo: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gal 2,20).
(Pe José Kentenich, em: Estudo sobre a “Santidade de Todos os Dias”, 1937. Livro Cristo Minha Vida, p. 121 a 122)
Propósito do dia: Por amor a Jesus não me queixarei de incômodos, mas os suportarei com alegria.