A via dolorosa de nossos pecados

A via dolorosa de nossos pecados

A família de Schoenstatt se reuniu em nosso Santuário Tabor Morada da Alegria Vitoriosa na manhã da sexta-feira da paixão, sete de abril de 2023 para seguir os passos do Cristo. Amado Jesus, perante a Ti tomamos as filas da servidão, cobrimo-nos contra o pecado para dignamente seguir Teus passos ao encontro do irmão necessitado. Queremos Te agradecer pelo convite feito a cada um de nós em assumir esta nobre missão. Queremos nos aproximar e te entregar tudo.

Enquanto tu és traído por Judas Iscariotes, nós queremos estar contigo, aprendendo o real sentido do amor. Enquanto te dão bofetadas e escarradas, nós queremos tocá-Lo e nos redimir de nossos pecados através do Teu perdão. Enquanto vos vestem com uma coroa de espinhos e Lhe ofendem com a vara, nós entregamos tudo o que somos e o que temos, nosso pensar e o nosso agir, nossas fraquezas e debilidades, tudo o que somos para fazermos parte do Teu corpo místico, da Tua e nossa Santa, Igreja, que padece no vale de lágrimas deste mundo que te ofende e que não creem em Ti.

Despojado, vemos o resultado da traição, o preço que foi dado, a negligência de Pôncio Pilatos e o mau juízo feito por aqueles que Tu curastes, alimentastes e oferecesse-lhes carinho e sábias palavras. Duramente te colocam em juízo por um crime o qual não cometeu. Mas livremente aceitas, por obediência e por amor, a pagar o preço. O preço do pecado do mundo inteiro. O pecado dos tempos mais longínquos, o pecado dos dias atuais. Em Sua Santa liberdade, aceita o caminho da humilhação e do despojamento, dispensa-se do poder supremo de um Deus para a debilidade e a fraqueza do ser humano. Em Teus ombros, recebe o símbolo da redenção: A cruz.

Tua cruz te põe o peso que ser humano nenhum poderia suportar. Durante o caminho do calvário, pedras de tropeço te colocam ao chão. As chicotadas te ferem as costas e as cusparadas e ofensas te ferem a alma. Como pode um Deus ser tratado tão mal assim? Como pode o amor ser depreciado a tal ponto? Como pode aceitar, calado, tanta injúria e tanto desprezo. Na cruz, pregado, fostes ferido pelos cravos e estigmatizado pela coroa e a lança. O madeiro em pé, liga através de um Deus, o céu com a terra. A base da cruz fere o chão. O topo da cruz, fere o céu, declarando um reinado que não é o Seu. O madeiro horizontal, cravando Teus braços abertos, Te sufoca e Te impede de nos abraçar. Quanto nos dói, hoje, saber que este amor foi impedido, não pelos cravos, mas pelo coração duro do homem: frio, seco, sem vida e inerte. Não dá sinais de reação para este amor que, de braços abertos, quer conter o mundo.

Contribuir para o amor que avança entre o povo. Um amor que pode ser sentido, ser tocado, ser contemplado e ser consumido. Sentir o coração abrasado, quente e aconchegado num amor sem limites. Um amor que despreza nossas mazelas e fraquezas. Um amor que perdoa e que une. Que desfaz as intrigas e que vinculam os lados, tornando-os um só.

Um amor que se permite ser tocado: por nossas mãos, por nossa boca, por nosso ser. Um Deus que se permite tornar pequeno. Grandioso, majestoso, inatingível, faz-se no pão, vindo do trigo, manuseado pelo homem, cultivado pelo homem e preparado pelo homem. Depois de tudo, santificado pelo próprio Deus pelas mãos do sacerdote.

E seguindo os passos de nosso Pai e Fundador, pe. José Kentenich, queremos rezar contemplando a cruz de Cristo:

Ó santa cruz, me prostro em tua frente,
Para entoar ardentes hinos de júbilo e
Gratidão, em ti, nosso Senhor consumou
A Redenção que nos tornou filhos de Deus.

 Quero mergulhar-te profundamente
Em meu alegre coração,
Dar-te constantemente todo o meu amor;
Em ti, ó Crucificado, e em tua Esposa,
Se apoie toda a esperança de minha vida.

Faze que eu vos leve aos povos, para
conquistá-los
e lutando, diariamente
Arrisque a vida por vós.
Vosso Reino seja vitorioso em toda parte
E amplie suas fronteiras até os confins do
Universo.

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Por: Fernando Castilho Valderrama