A Rainha Três Vezes Admirável

A Rainha Três Vezes Admirável

Hoje a Igreja celebra Nossa Senhora Rainha! Esta celebração foi instituída pelo Papa Pio XII, em 1954. Nossa Senhora Rainha é considerada a Rainha de todos os anjos e homens, sendo desta forma homenageada pela Igreja. A sua festa litúrgica é celebrada sempre 8 (oito) dias após a Assunção de Nossa Senhora.

Em Schoenstatt, Maria é venerada como ‘Rainha Três Vezes Admirável’.

 “A primeira coroação da imagem de Maria no Santuário de Schoenstatt aconteceu em 10 de dezembro de 1939. Foi um ato de gratidão à Mãe de Deus pelos 25 anos de Aliança de Amor (1914 – 1939) e um sinal de confiança em seu régio poder, pois estava iniciando a Segunda Guerra Mundial e o Santuário Original corria perigo de destruição. O Pe. Kentenich e os membros do Movimento de Schoenstatt eram perseguidos pelo Nazismo.

Foi como se o Pe. Kentenich e os membros do Movimento de Schoenstatt tivessem dito à Mãe de Deus: ‘nós te damos a coroa, por isso, és nossa Rainha. Se és Rainha, és responsável por nós! Nós confiamos na tua proteção!’

A partir desta primeira coroação, iniciou-se uma ‘corrente de coroações’ no Movimento de Schoenstatt. Quase não havia quadro da Mãe Três Vezes Admirável que não recebesse uma coroa e o título de Rainha.

Em 1941 o Pe. Kentenich foi preso pelo governo nazista e, no ano seguinte, foi enviado para o Campo de Concentração de Dachau. Em julho de 1942, ele e os prisioneiros do Campo coroaram a Mãe de Deus como Mãe e Rainha do Campo de Concentração e Mãe do Pão’. Isto porque a angústia pela fome era muito grande e os prisioneiros viviam no perigo iminente de sucumbir à fome e aos maus-tratos.

Depois de retornar são e salvo do Campo de Concentração, Pe. Kentenich coroou a Mãe de Deus, em 18 de outubro de 1946, como Rainha do Mundo. Quando esteve no Brasil, Pe. Kentenich coroou a imagem da Mãe de Deus no Santuário de Schoenstatt de Santa Maria, em 20 de agosto de 1949, como Rainha da Filialidade Heroica.

Na história sucessiva do Movimento de Schoenstatt, um número sem conta de coroações foi realizado e Nossa Senhora tornou-se conhecida, a partir de Schoenstatt, como a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável. Mais tarde, confirmando a confiança filial na intercessão e cuidado materno de Maria, ela passou a ser invocada como a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.” (Livro Na Escola de Maria – Dogmas Marianos, p. 121 a 123)

Coroar a imagem da Mãe de Deus é um ato de gratidão e confiança filial. Confiar que Maria esta em nosso lado em todas as situações, mesmo, quando experimentamos tempos de insegurança, medo, aflição, é justamente nesses momento que devemos ofertar a coroa, como Rainha em nossa Família e em nossa vida, assim nos ensina Pe. José Kentenich, nosso Fundador, em 23.3.1941:

“Em todas as situações, por mais inseguras que sejam, só temos uma resposta: crescimento, aprofundamento na relação com a Mãe de Deus. (…) Não conhecemos o futuro. E está bem assim. Queremos alegrar-nos e não nos preocupar sem necessidade. No entanto, devemos captar algo do sofrimento atual. Não digo isto para os inquietar, mas para favorecer nossa serenidade e prudência. Compreendem que também me alegro de coração por os senhores sentirem necessidade de coroar a Mãe de Deus? Eu também o faço. Eu entrego-lhe a coroa sempre que alguma coisa não dá certo.

Verão que no fim do túnel poderemos ler novamente: Mater habebit curam! A Mãe cuidou. Pode haver alguma confusão na Família (referia-se situação política da época). […] Em última análise, quando coroamos de novo, quando reafirmamos nossa dependência, percebemos como a Mãe de Deus segurou as rédeas nas mãos. Este é o motivo de nossa confiança inabalável em todas as situações: tudo vai dar certo […]” (livro Coroar por quê)

Neste dia de Nossa Senhora Rainha, a exemplo de nosso Fundador, entreguemos muitas vezes a coroa a Mãe de Deus, rezando:

Rainha eu creio em vosso poder, ó Mãe, Admirável eu creio sem ver. Vosso soberania vitoriosa me dá alento e confiança que não falhará. Eu vos amo, ó Mãe, que tanto me amais, eu vos amo também quando nada me dais. Aumentai minha fé, confiança e ardor, em tudo me daí conhecer vosso amor. (Pe. José Kentenich).

Por: Irmã Gislaine Lourenço
Assessora do Santuário Morada da Alegria Vitoriosa