Na Semana Santa nossos olhares, corações e orações estão voltados para os episódios da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivenciamos e sofremos com Ele seus momentos finais na vida humana terrestre e sua glorificação, como o Filho de Deus. Mas, especialmente, nesse tempo, pensemos o quanto sofreu a mãe de Jesus. Que mãe aguentaria passar por tanto sofrimento? Sabemos que muitas mães e pais perdem seus filhos diariamente e, concordamos, que dor maior não há. Por isso, meditemos, especialmente na Semana Santa, as Dores de Maria. Ao ler e entender cada dor, entramos ainda mais neste mistério de amor, sacrifício, doação e salvação que Nosso Senhor nos presenteou e, ainda, aprendemos com Ela, Maria, como suportar cada sofrimento em nossa vida, fazendo de cada cruz um sim à Deus. E o mais belo de tudo: Maria guardava essas coisas em silêncio em seu coração, sem reclamar, sem resmungar, sem se revoltar. Um silêncio amoroso, entregue e confiante à Deus.
Suas dores eram fruto do infinito amor de mãe e, principalmente, pela amabilidade do Filho para com ela, pela certeza do plano da salvação que incluía o sacrifício de seu único Filho.
Sua dor silenciosa se devia a mais pura e plena confiança nos desígnios de Deus. Seu amor a Deus era tão grandioso, que apesar de tanta dor e sofrimento, ela sabia que o plano de amor Dele era muito maior, por isso confiava e esperava sempre mais no Senhor. Sendo assim, não esmorecia diante de cada dificuldade, apesar de todas as circunstâncias serem motivos suficientes para desistir, mas não, ela amava infinitamente a Deus e ao Filho e por isso foi capaz de suportar tudo silenciosamente. O seu silêncio era a certeza e a obediência plena no amor de Deus para com Ela e toda a humanidade.
Seu exemplo de amor e humildade é inigualável. Não exigiu nada, apenas sentiu e guardou tudo em seu coração.
Que aprendamos com Maria a olhar através da cruz e ver a certeza da vitória, a sentir o amor salvífico de Jesus por nós. Maria dai-nos a graça de sermos obedientes, humildes e confiantes como Vós; dai-nos força e coragem para carregar nossa Cruz, sofrer nossos martírios, morrer para o pecado e renascer para uma vida nova em Cristo Jesus, Amém.
Por Luciane Siqueira de Almeida
Liga de Famílias de Schoenstatt
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