Não permitamos que a vida nos sepulte mais que a própria morte
Domingo ao entardecer encerramos nossa Semana Santa, guiados espiritualmente pelo querido Pe. Paulo Henrique Borges, que nos presenteou com profundas meditações sobre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Neste domingo, ele mergulhou-nos no Evangelho de João fazendo cada um de nós contemplar o lugar que ocupa diante da Vida e da “morte” do Senhor, tornando viva em nossas mentes e corações, esta que é a passagem mais importante de Jesus entre nós, sua Ressurreição!!!
Assim Pe Paulo nos ensinou:
“O Senhor nos banha com seu Sangue e com seu Espírito nos dando esperanças para que não deixemos que os medos e as preocupações falem mais alto, triunfem mais do que a vida. A Eucaristia não quer que a morte triunfe sobre a vida.
Nós devemos estar firmes na certeza de que o Senhor está conosco. E se Deus está conosco, nós somos a maioria. Se Deus está conosco, nada e ninguém poderá deter-nos. Quando o anjo Gabriel apareceu à Maria, disse: “O Senhor é contigo, Maria, não temas!”
E Ele nos disse: “Estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”, o que significa que até quando existir Tempo, o Senhor está conosco. Então não tenhamos medo!! Que nós não permitamos de modo algum que a vida nos sepulte mais que a própria morte.
Buscai as coisas do alto. Não sejamos medíocres. O Senhor morreu por nós, então tomemos uma medida alta como cristãos, ao ponto de nos entregar ao outro, seja o outro quem for. Configuremo-nos a Cristo!!!! Eu me entrego por amor, porque recebi este amor da Cruz!!!!
O Senhor vem retirar-nos do caos, o Senhor nos sustenta, o Senhor nos faz vencer.
O Evangelista João faz uma releitura da criação, na Leitura do Evangelho deste dia, através de uma alusão ao Livro de Gênesis, onde relata sobre as trevas que reinavam naquele momento. Era noite quando o Senhor vem para nos tirar deste caos!!! É o relato de uma nova criação, uma nova Aliança. O Senhor vem retirar-nos do caos, o Senhor nos sustenta, o Senhor nos faz vencer.
Maria Madalena vai ao túmulo no escuro, ela e os outros não compreenderam as Escrituras, eles acreditavam que a morte havia triunfado sobre a vida.
Como Madalena, se nós não fizermos a experiência do Ressuscitado, nossa vida permanecerá na escuridão e será um caos, ficará sem direção, e nós nos perderemos no meio deste mundo, acabando numa vida sem sentido, e isto é uma dor terrível.
Tiraram o Senhor do túmulo!! Onde o puseram?
Quando elas foram ao túmulo, viram a pedra removida, o pano estendido, o lenço dobrado. Mas, na noite em que estava envolvida, Maria Madalena não entendeu nada. Estava nas trevas, era escuro, era madrugada.
Quantas vezes temos nos aproximado de Cristo com o coração distante, nas trevas, como aqueles que não acreditaram?
E quem é o discípulo amado ?
Nós não sabemos quem é. Pode ser eu, pode ser você. Todos nós somos chamados a ser o discípulo amado, e a exercer a mesma atitude que ele teve. Com a certeza que Ele voltará, manteve o olhar ao alto.
Que ao olharmos a Cruz, tenhamos certeza: não é um homem fracassado, é Deus que venceu a morte com a vida.
Quando a dificuldade bater a nossa porta, não permitamos que ela triunfe mais que a alegria que pudermos partilhar. Todos nós temos problemas e tribulações, mas que os problemas e as dificuldades não nos impeçam de sermos felizes e realizados.
Teresinha do Menino Jesus no leito de morte serenamente proclamava: ‘Eu não morro, eu entro na vida”. Esta é a experiência do Ressuscitado: “eu não morro, eu entro na Vida.”
O Lenço dobrado
O Pano que cobria a face de nosso Senhor estava dobrado. Segundo a tradição hebraica do oriente, enquanto o senhor estava à mesa se alimentando, o servo estava atento escondido, esperando que a refeição terminasse. Quando ele sabia que o senhor havia terminado de se alimentar? Quando ele dobrava o lenço, e deixava-o dobrado sobre a mesa, significando que “eu sairei, mas voltarei.” Jesus com seu lenço dobrado nos deixou a mensagem maior de sua Páscoa: “Eu fui , mas eu voltarei, eu ressuscitarei!!!”
Assim como Madalena, Pedro também viu este pano dobrado, mas o viu de Pedro era uma contemplação. Pedro ao olhar aqueles panos fez uma memória: “ eu traí o mestre, eu não permiti que Ele me lavasse os pés, eu o neguei …” Pedro estava assimilando aquilo que o Senhor havia dito, que voltaria, que ressuscitaria.
Que possamos fazer a experiência do Ressuscitado!!!
Ao final da Santa Missa, a Irmã Agnes agradeceu o “servir” do Pe. Paulo Henrique com duas singelas lembranças – a Cruz que ficou sobre o altar nas celebrações presididas por ele, para que sempre lembre de nós, e um livro sobre o Pai Fundador da Obra de Schoenstatt, padre como ele.
Que a alegria do Ressuscitado permaneça em nós!!!!
Clique aqui para ver as Fotos do Domingo de Páscoa
Por Iris Marcomini – Liga de Famílias
Fotos: Íris Marcomini
Add Comment