“E, apesar disso, se observarem mais atentamente, verão como Ele era livre em relação a todas essas necessidades, a esta consciência de sua terra, a esta vinculação à própria terra, a escravização à sua terra. Como isso era forte! Depois de permanecer 30 anos em casa, o Pai deu o sinal. Agora deixa tudo, agora não quer saber de sua terra, e em certo sentido, de seus pais, de sua Mãe. As senhoras mesmas conhecem as mais diversas ocasiões nas quais Ele exprime esta sua liberdade interior. Reunira ao redor de si uma multidão; sua Mãe aparece e sabe que um perigo o ameaça, querem matá-lo (cf. Mc 3,31 – 35). Parece-nos tão humano o modo como a Mãe de Jesus chega. Hoje quase riríamos deste modo ingênuo de proceder. Mas Jesus, como se comporta? Quem é meu pai e quem é minha mãe? … Caso encerrado. Devo ocupar-me das coisas de meu Pai (cf. Lc 2,49). O amor à própria terra pode ser algo justificado, mas devo estar onde meu Pai quer que eu esteja. Onde o Pai me quer? Devo, em certo sentido, andar de cidade em cidade, longe da atmosfera do lar. “Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo 4,34). Onde quer que vá, Jesus só pensa numa coisa: girar em torno de Deus Pai. Fazer sua vontade é sua linha orientadora. Tudo o mais, as coisas mais necessárias, devem dar lugar a uma só coisa, quando um, o Pai, assim o quer. Percebem como Jesus é livre? (…)
Assim está Jesus diante de nós como aquele que é, na verdade, interiormente livre, que é, na verdade, interiormente grande. Se eu quiser ser uma filha do sol, Jesus deve reinar em mim, Ele deve educar-me para esta liberdade soberana. Livre de qualquer vínculo, livre sobretudo, para ser livre para Ele. Livre! Ele está vinculado a Deus Pai, por isso livre em relação a qualquer criatura.
Este é o belo pensamento que as senhoras encontram em São Francisco de Sales. Devemos renunciar a todas as inclinações, mesmo às mais nobres. Podemos elevá-las a Deus. Mas, uma vez elevadas a Deus, a alma se reveste novamente destas antigas inclinações, que agora estão unidas a Deus e então fluem de Deus para as criaturas. Agora estou unido ao Pai e à Mãe, à minha profissão, mas com uma reserva interior, porque tudo está unido a Deus. A liberdade em relação a toda e qualquer criatura está radicada na forte vinculação ao que é divino.” (Pe. José Kentenich, em: Retiro para as Irmãs de Maria de Schoenstatt 25 a 27 de agosto de 1950 – Livro Cristo minha Vida, p. 21 a 22)
Propósito do dia: Hoje quero agradecer a graça do batismo e renovar a promessa de fidelidade a Cristo, rezando a oração do Pai Nosso.
Por: Irma Gislaine Lourenço
Assesssora do Santuário Morada da Alegria Vitoriosa
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